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AUTORES EM PSICANÁLISE

Psicanalistas, escritores, médicos, filósofos, pacientes etc. e suas contribuições para o campo psicanalítico.

(Esta é uma lista colaborativa - para correções, complementos e sugestões de autores entre em contato.)

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BRÜHL, CARL BENHARD

BRÜHL, CARL BENHARD

(República Tcheca/Áustria*1820+1899) Médico, professor de anatomia comparada da universidade de Viena. Fazia conferências gratuitas e abertas às mulheres, algo muito fora do habitual naquela época. Sua conferência "Sobre a natureza" teve papel decisivo na escolha de Freud por medicina. Foi atribuída erroneamente por ele a Goethe; o ensaio, de 1783, é de autoria do escritor suíço Georg Christoph Tobler. Uma tradução foi publicada no primeiro número da revista Nature, em 1869, também erroneamente atribuída a Goethe. “Nature! We are surrounded and embraced by her—unable to step out of her and unable to penetrate her more deeply.”

HAMMERSCHLAG, SAMMUEL

HAMMERSCHLAG, SAMMUEL

(Áustria*1826+1904) Educador, foi professor de religião e hebraico de Freud desde os seus quatorze anos até o fim do ensino médio (1973), tornando-se uma figura estimada e amiga. Auxiliou-o financeiramente em seus estudos na medicina. Sua filha, Anna (conhecida como Irma), foi paciente de Freud. Seu filho, Paul, casou-se com a filha de Josef Breuer, Bertha.

MEYNERT, THEODOR

MEYNERT, THEODOR

(Alemanha/Áustria*1833+1892) Anatomista e psiquiatra, ajudou Freud em sua seleção para residência no Hospital geral de Viena. Psiquiatra da clínica Kassovitz, convidou Freud a participar de seu laboratório quando este começou a trabalhar lá, logo que retornou da França. Mantinha com Freud uma relação ambivalente. Era categoricamente contra os estudos sobre hipnose, e criticava a ideia de histeria masculina (que admitiu para si próprio, ao final da vida). Considerado fundador da pesquisa científica do cérebro. “localização funcional no córtex”.

STRICKER, SALOMON

STRICKER, SALOMON

(Hungria/Áustria*1834+1898) Patologista e histologista, foi assistente no Instituto de fisiologia de Brücke. Foi pioneiro e professor de patologia experimental de universidade de Viena, em cujo laboratório Freud desenvolveu parte de sua pesquisa com cocaína. Foi lá também que Carl Koller levou adiante as indicações de Freud, estabelecendo as bases da anestesia local moderna. Freud o cita na interpretação dos sonhos. “extravasão dos Leucócitos”, “estudos da consciência”, “Se eu tenho medo de ladrões em meu sonho, certamente os ladrões são imaginários, mas o medo que sinto deles é real.”

MACH, ERNST WALDFRIED JOSEF WENZEL

MACH, ERNST WALDFRIED JOSEF WENZEL

(Áustria*1838+1916) Físico, filósofo. Estabeleceu importantes princípios da óptica e da mecânica de ondas. Influenciou Einstein em sua teoria da relatividade. Concebia as ciências naturais como uma organização conceitual sempre apoiada na percepção e nos dados sensórios verificáveis. Interessava-se pela psicologia da sensação. “ondas de choque”, “número de Mach (relação entre as velocidade do som e do objeto em movimento)”, “senso de equilíbrio” (simultaneamente com Josef Breuer).

KRAFFT-EBING, RICHARD VON

KRAFFT-EBING, RICHARD VON

(Alemanha/Áustria*1840+1902) Neuropsiquiatra, foi presidente Sociedade Neurológica de Viena. Era cético quanto à etiologia não fisiológica - e sexual - das psiconeuroses. Considerava qualquer aspecto do sexo que não fosse o procriativo como perversão. Autor do seminal “Psychopathia Sexualis: eine Klinisch-Forensische Studie (1886)”, “sadismo”, “masoquismo”, “fetichismo”, “homossexualidade”, “bissexualidade”, “heterossexual”.

BREUER, JOSEF

BREUER, JOSEF

(Áustria*1842+1925) Médico, neurofisiologista, produziu com Freud os primeiro passos pré-psicanalíticos, já nos limites dos moldes biológicos da medicina psiquiátrica. Conheceu Freud no laboratório de fisiologia de Brücke. Escreveram os “Estudos sobre a histeria”, com o relato de seu trabalho com Anna O. (Bertha Pappenheim). Sua discordância quanto à centralidade do fator sexual o afastou de Freud. “senso de equilíbrio” (simultaneamente com Ernst Mach), “reflexo Hering-Breuer” (importância do nervo vago na respiração), “talking cure” (Anna O.), “estados hipnoides”, “método catártico”.

KASSOVITZ, MAX

KASSOVITZ, MAX

(Áustria*1842+1913) Pediatra, fisiologista e patologista dos ossos, foi o diretor do Instituto de Doenças Infantis no Hospital Público de Viena, que acabou conhecido como “Instituto Max-Kassovitz”. Oferecera a Freud o cargo de diretor do departamento neurológico, que ocupou de 1886 a 1896. Freud à época torna-se um dos principais especialistas em paralisia cerebral.

CHROBAK, RUDOLF

CHROBAK, RUDOLF

(Áustria*1843+1910) Ginecologista e professor da Universidade de Viena, admirado por Freud. Remetia Freud à intuição popular que relacionava problemas psiconeuróticos e privação do sexo. Teria dito a Freud a jocosa fórmula para a cura da histeria: “Penis normalis, dosim repetatur”.

FLEISCHL-MARXOW, ERNST VON

FLEISCHL-MARXOW, ERNST VON

(Áustria*1846+1891) Médico, neurofisiologista. Estudou as atividades elétricas do cérebro, na linha dos trabalhos de Emil du Bois-Reymond. Foi assistente de Brücke, com Freud. Com um quadro crônico de dores por uma amputação do dedo, desenvolveu uma adição à morfina e heroína. Freud procurou ajudá-lo com o recurso da cocaína, mas que acabou apenas se acrescentando aos vícios anteriores, até sua morte prematura por overdose. “física ótica”.

CÄCILIE M. (baronesa VON LIEBEN, ANNA)

CÄCILIE M. (baronesa VON LIEBEN, ANNA)

(Áustria*1847+1900) Paciente dos "Estudos sobre a histeria" muito cara a Freud, tendo já sido atendida por Charcot, Breuer, Chrobak e Bernheim. Freud procurou tratá-la pelo método catártico, depois de tentativas frustrantes com a hipnose. Foi sua paciente entre 1887 a 1893, com sintomas de conversão histérica, depressão, ansiedade, e finalmente uma dependência de morfina.

FREUD, SIGMUND SCHLOMO

FREUD, SIGMUND SCHLOMO

(Áustria*1856+1939) Neurologista, fundador da Psicanálise. Seu trabalho significou uma quebra do paradigma médio e biológico para as psiconeuroses. Realizou uma extensa autoanálise, que compartilhava com seu amigo Fliess – ela teve papel fundamental nas descobertas iniciais da psicanálise. “pulsão”, “recalque”, “complexo de Édipo”, “teoria da representação e da memória”, “associação livre”, “sexualidade infantil”, “inconsciente (dinâmico e estrutural)”, “desejo inconsciente”, “autonomia parcial da psicologia”.

PANETH, JOSEPH

PANETH, JOSEPH

(Áustria*1857+1890) Fisiologista, foi colega de Freud e o substituiu como assistente no laboratório de Brücke. Casou-se com Sophie Schwab, sobrinha de Hammerschlag (antigo professor de hebreu de Freud, e seu amigo). Também auxiliou Freud financeiramente em seu período estudantil. Foi amigo e correspondente de Nietzsche. “célula de Paneth”.

ANNA O. (PAPPENHEIM, BERTHA)

ANNA O. (PAPPENHEIM, BERTHA)

(Áustria*1859+1936) Foi paciente de Breuer de dezembro de 1880 a junho 1882. Ajudou Breuer a desenvolver o método catártico. Era, por acaso, amiga antiga de Martha Freud, com quem manteve contato após rompimento do tratamento com Breuer. Foi encaminhada por Breuer para o sanatório de Robert Binswanger (pai de Ludwig Binswanger). Tornou-se assistente social (a primeira na Alemanha), e fundou periódico e institutos. Com Breuer, cunhou as expressões "cura pela fala" e "limpeza de chaminé".

IRMA (LICHTHEIM, ANNA HAMMERSCHLAG)

IRMA (LICHTHEIM, ANNA HAMMERSCHLAG)

(Áustria*1861+1938) Uma das pacientes preferidas de Freud, filha de seu antigo professor de religião no secundário, Samuel Hammerschlag. É a paciente do importante sonho da injeção. (Há uma certa confusão entre os pesquisadores, que antes achavam que se tratava de Emma Eckstein. Peter Gay chegou à conclusão de que o relato de Freud condensa um pouco das duas. Anna Freud relatou que se tratava de Lichtheim, que era sua madrinha).

RIE, OSCAR

RIE, OSCAR

(Áustria*1863+1931) Pediatra dos filhos de Freud e amigo da família, era casado com Melanie, irmã da esposa de Fliess, Ida. Aparece associado à figura de “Otto”, no sonho da injeção de Irma. Foi assistente de Freud (1886 a 1896) na Clínica Kassovitz, e publicou um trabalho com ele em 1891: “Um estudo clínico da paralisia cerebral em crianças”. Participou das reuniões das quartas-feiras, e fez parte da Sociedade Psicanalítica de Viena.

ECKSTEIN, EMMA

ECKSTEIN, EMMA

(Áustria*1865+1924) Escritora, tornara-se amiga da família Freud, depois de seu tratamento com este, em 1892, 1893 e 1895. Foi sujeita a uma cirurgia com Fliess, com resultados quase catastróficos – depois de realizar um procedimento, ele esqueceu uma gaze em sua cavidade nasal. O episódio está presente nas associações que Freud faz de seu sonho da “injeção de Irma”. Também a partir de seu caso que Freud chega a uma formulação mais precisa da “ação a posteriori” e da “teoria da sedução”. “devaneios”, “educação sexual e social”, “feminismo”.

SADGER, ISIDOR ISAAK

SADGER, ISIDOR ISAAK

(Galícia/Áustria*1867+1942) Médico forense e depois psicanalista, foi um dos pioneiros estudiosos sobre a homossexualidade e narcisismo. Morreu no campo de concentração de Theresienstadt. “sadomasoquismo”, “narcisismo” (nesta grafia).

STEKEL, WILHELM

STEKEL, WILHELM

(Ucrânia/Áustria*1868+1940) Psicólogo, médico, escritor e psicanalista. Foi aluno de Krafft-Ebing. Participou do início do grupo das quartas-feiras, e foi inicialmente considerado um dos seguidores mais inspirados de Freud. Aos poucos, contudo, gerou muitas inimizades e insatisfação para Freud, passou a ser considerado sem tato e descuidado com as ideias (chegou a ser acusado por Tausk de falsear casos). Afastou-se de Freud em 1912, desejando seguir um caminho próprio. Denunciou Theodor Reik por "exercício não autorizado de prática médica", em 1924. Fez uma breve análise com Freud. “autoerotismo”, “parafilia”, “simbolismo onírico”, “análise ativa”, “histeria de angústia”.

ADLER, ALFRED

ADLER, ALFRED

(Áustria*1870+1937) Médico (interessou-se pela oftalmologia e neurologia), psicanalista, depois criou sua própria vertente de psicoterapia e pedagogia (por exemplo, sempre divergiu quanto à importância do recalque e da libido inconsciente). Foi integrante original da “sociedade das quartas-feiras”, na casa de Freud, e participou da sociedade até 1911, da qual cindiu acompanhado por um pequeno grupo de outros participantes. Defendia ideais socialistas e marxistas. “agressividade e sexualidade como instintos separados”, “psicologia individual”, “protesto masculino”, “complexo de inferioridade” (em diálogo com o “sentimento de incompletude” de Janet), “inferioridade de órgão”, “compensação”, “teleologia”, “holismo”.

Título 1

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