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AUTORES EM PSICANÁLISE

Psicanalistas, escritores, médicos, filósofos, pacientes etc. e suas contribuições para o campo psicanalítico.

(Esta é uma lista colaborativa - para correções, complementos e sugestões de autores entre em contato.)

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BÖRNE, KARL LUDWIG

BÖRNE, KARL LUDWIG

(Alemanha*1786+1837) Escritor favorito de Freud aos 14 anos, e possivelmente uma fonte importante para sua futura autoanálise e para o método associativo com os pacientes. Escreveu "A arte de se tornar um escritor original em três dias": “Tome umas poucas folhas de papel e durante três dias consecutivos escreva nelas, sem mistificação ou hipocrisia, qualquer coisa que vier à sua cabeça. Escreva o que pensa sobre si mesmo, de suas mulheres, da guerra turca, de Goethe, do caso criminal Fonk, do Juízo Final, dos que se acham acima de você na hierarquia da autoridade - e quando se tiverem passados esses três dias você ficará espantado diante dos pensamentos originais e surpreendentes que saíram de sua mente.”

BRÜCKE, ERNST WILHELM RITTER VON

BRÜCKE, ERNST WILHELM RITTER VON

(Alemanha*1819+1892) Médico, fisiologista. Fundou o que veio a ser a Sociedade Alemã de Física, com Emil Du Bois-Reymond, Hermann von Helmholtz e outros. Foi um dos proponentes de uma fisiologia que propunha abordar a biologia de uma perspectiva física e química. Freud foi um destacado assistente em seu laboratório (juntamente com os colegas Josef Breur, Ernst Fleischl von Marxow e Joseph Paneth), de 1876 a 1883. Dentro de uma rigorosa abordagem positivista, dedicou-se aos variados estudos das células nervosas, óptica, pigmentação das células etc., e contribui também para o estudo da fonética. Freud o considerava sua maior influência.

BRÜHL, CARL BENHARD

BRÜHL, CARL BENHARD

(República Tcheca/Áustria*1820+1899) Médico, professor de anatomia comparada da universidade de Viena. Fazia conferências gratuitas e abertas às mulheres, algo muito fora do habitual naquela época. Sua conferência "Sobre a natureza" teve papel decisivo na escolha de Freud por medicina. Foi atribuída erroneamente por ele a Goethe; o ensaio, de 1783, é de autoria do escritor suíço Georg Christoph Tobler. Uma tradução foi publicada no primeiro número da revista Nature, em 1869, também erroneamente atribuída a Goethe. “Nature! We are surrounded and embraced by her—unable to step out of her and unable to penetrate her more deeply.”

BRENTANO, FRANZ CLEMENS HONORATUS HERMANN JOSEF

BRENTANO, FRANZ CLEMENS HONORATUS HERMANN JOSEF

(Alemanha*1838+1917) Filósofo, psicólogo e padre católico. Foi professor de Freud em seu primeiro ano de faculdade. Com ele, Freud leu Aristóteles em profundidade, e trabalhou na tradução de um livro de Stuart Mill. Foi professor, além de Freud, de Edmund Husserl e Max Wertheimer, entre outros. Defendia a adoção do método das ciências da natureza para o conhecimento filosófico. “ciências do espírito e ciências da natureza”, “intencionalidade”.

BERNHEIM, HIPPOLYTE

BERNHEIM, HIPPOLYTE

(França*1840+1919) Médico e neurologista, que se utilizava da hipnose (em uma abordagem antagonista a Charcot, “escola de Nancy”), e a quem Freud visitou em 1889, para entender melhor a técnica. Foi gradualmente modificando o uso da hipnose com os pacientes para o da sugestão, em estado de vigília. Freud tinha já traduzido um livro seu, no ano anterior. “ação psico-terapêutica” (Daniel Hack Tuke), “sugestão”, “memórias falsas”.

BREUER, JOSEF

BREUER, JOSEF

(Áustria*1842+1925) Médico, neurofisiologista, produziu com Freud os primeiro passos pré-psicanalíticos, já nos limites dos moldes biológicos da medicina psiquiátrica. Conheceu Freud no laboratório de fisiologia de Brücke. Escreveram os “Estudos sobre a histeria”, com o relato de seu trabalho com Anna O. (Bertha Pappenheim). Sua discordância quanto à centralidade do fator sexual o afastou de Freud. “senso de equilíbrio” (simultaneamente com Ernst Mach), “reflexo Hering-Breuer” (importância do nervo vago na respiração), “talking cure” (Anna O.), “estados hipnoides”, “método catártico”.

BABINSKI, JOSEPH JULES FRANÇOIS FÉLIX

BABINSKI, JOSEPH JULES FRANÇOIS FÉLIX

(França*1857+1932) Neurologista, um dos principais alunos de Charcot. Freud colaborou com ele de maneira próxima em sua estadia na França. “pitiatismo”, “dignóstico diferencial entre fatores orgânicos e histeria”, “Reflexo de Babinski”.

BLEULER, PAUL EUGEN

BLEULER, PAUL EUGEN

(Suíça*1857+1939) Psiquiatra. Estudou um ano com Jean-Martin Charcot. Professor do hospital universitário de Burghölzli. Defendeu um pensamento eugenista, em relação aos pacientes esquizofrênicos. Escreveu uma resenha positiva sobre os “Estudos sobre a Histeria”, de Breuer e Freud. Interessava-se pela hipnose, pelos processos mentais inconscientes, e orientava os seus alunos nessa direção. Esteve na International Psychoanalytic Association até 1911, saindo pela índole da instituição para uma ortodoxia. Apoiou a nomeação de Freud para o prêmio Nobel. Fez uma autoanálise que compartilhava com Freud, por cartas. “esquizofrenia”, “esquizoide”, “autismo”, “psicologia profunda”, “ambivalência”.

BRILL, ABRAHAM ARDEN

BRILL, ABRAHAM ARDEN

(Áustria/EUA*1874+1948) Psiquiatra, psicanalista (primeiro nos EUA), foi o primeiro tradutor oficializado de Freud, e após algumas complicações – era um tradutor com problemas – deixou a tarefa para outros, em 1920. Conheceu Freud após estudar com Bleuler. Manteve a amizade com Freud, contudo, e teve importante papel junto às associações psicanalíticas nos EUA, sendo fundador da New York Psychoanalytic Society, alguns meses antes da American Psychoanalytic Association (APSA). "torches of freedom".

BÜHLER, KARL LUDWIG

BÜHLER, KARL LUDWIG

(Alemanha/ EUA*1879+1963) Psicólogo, linguista. Fez pesquisas em Gestalt, e participou da escola de Würzburg de psicologia (de um aluno de Wundt, mas que se opunha à restrição deste quanto ao método introspectivo). “processos de pensamento”, “pensamento abstrato”.

BINSWANGER, LUDWIG

BINSWANGER, LUDWIG

(Suíça*1881+1966) Psiquiatra, foi o criador de uma abordagem inédita a partir das obras de Husserl, Heidegger e Buber. Estudou com Bleuler, Jung e depois Freud. Estava com o grupo suíço que visitou Freud em 1907. Manteve com ele uma amizade até o fim da vida (ofereceu asilo a Freud na Suíça, antes de ele conseguir escapar para a Inglaterra, em 1938). Seu avô, de mesmo nome, fundou o Sanatório de Bellevue em 1857. “psicologia fenomenológica-existencial”, “ser-no-mundo”, “reconhecimento mútuo”, “Daseinsanalyse”.

BONAPARTE, PRINCESA MARIE

BONAPARTE, PRINCESA MARIE

(França*1882+1962) “Princesa George da Grécia e Dinamarca”, por casamento, era bisneta de Napoleão. Psicanalista, estudiosa de Edgar Allan Poe, amiga próxima de Freud, foi fundamental para que Freud conseguisse sair da Alemanha, e também para salvaguardar a correspondência Freud-Fliess. Buscou a psicanálise por uma questão de frigidez, que se transformou em uma pesquisa e interesse (a qual publicou com o pseudônimo de A. E. Narjani). Entediada na coroação de Elizabeth II, teve uma conversa psicanalítica com o futuro presidente francês, François Mitterrand. Foi analisanda de Freud, e foi para ela que ele formulou a famosa pergunta retórica, “O que quer uma mulher?”. “sexualidade feminina”

BURLINGHAM, DOROTHY TRIMBLE TIFFANY

BURLINGHAM, DOROTHY TRIMBLE TIFFANY

(EUA/Áustria/Inglaterra*1891+1979) Educadora, psicanalista. Seu contato com a psicanálise deu-se pela busca de tratamento para uma afecção psicossomática dermatológica de um de seus filhos. Anna atendeu seus quatro filhos, tendo sucesso na remissão do sintoma. Desenvolveu o tema da educação e análise infantil ao lado de sua companheira Anna Freud, no Hampstead Child Therapy Course and Clinic (atualmente: Anna Freud National Centre for Children and Families). Foi analisanda de Theodor Reik e depois Sigmund Freud. “deficiência visual na infância”, “guerra e infância”.

BORNSTEIN, STEFF

BORNSTEIN, STEFF

(Polônia/Alemanha*1891+1939) Assistente social, educadora e psicanalista. Fez sua formação em Berlin e depois Viena. Participou da formação psicanalítica na República Tcheca. Foi analisanda de Josine Mueller-Ebsen. “análise de crianças”, “inconsciente parental”.

BERNFELD, SIEGFRIED

BERNFELD, SIEGFRIED

(Galícia/Áustria/EUA*1892+1953) Filósofo, psicólogo, psicanalista e educador. Foi uma figura importante no movimento sionista da época. Trabalhou na policlínica de Berlin, e seu trabalho aproxima psicanálise, educação e marxismo. Interessava-se também pelo trabalho científico inicial de Freud. “ciência dos traços”.

BEHN-ESCHENBURG, HANS

BEHN-ESCHENBURG, HANS

(Suíça*1893+1934) Psiquiatra, psicanalista. Auxiliou Rorschach no desenvolvimento de seu teste, desenvolvendo uma série própria para comparação. Foi o primeiro a publicar uma dissertação sobre este método projetivo. “teste de Behn-Rorschach”, “adaptação à realidade”.

BALINT, MICHEL

BALINT, MICHEL

(Hungria/Inglaterra*1896+1970) Bioquímico, médico e psicanalista. Tornou-se amigo e discípulo de Ferenczi, fundamentando com suas teorias da Relação de Objeto o Terceiro Grupo ou Grupo Independente. Teve um papel proeminente na clínica Tavistock, onde se aproximou das teorias de grupo de Bion. Foi analisando de Hanns Sachs (que interrompeu), e depois de Sándor Ferenczi. “Grupos Balint”, “new beginning”, “amor primário”, “regressão à dependência”, “falha básica”.

BION, WILFRED RUPRECHT

BION, WILFRED RUPRECHT

(Índia/Inglaterra*1897+1979) Médico, psicanalista. Nasceu na Índia, depois tornando-se um analista britânico. Seu trabalho continua as descobertas kleinianas, elaborando um viés filosófico marcado por Kant. Foi analisando de John Rickman, e depois Melanie Klein. “supostos básicos”, “aparelho para pensar”, “arrogância”, “continente/contido”, “reverie”, “visão binocular”, “perspectiva reversa”, “a grade”, “múltiplos vértices”, “senso comum”, “sem memória, sem desejo, sem compreensão previa”, “funções alfa e beta”, “O”.

BICK, ESTHER

BICK, ESTHER

(Polônia/Inglaterra*1902+1983) Educadora, psicóloga e psicanalista. Insatisfeita com o método experimental (tinha feito um doutorado em desenvolvimento infantil), buscou na psicanálise uma alternativa. Na guerra, trabalhou em creches para crianças evacuadas. John Bowlby a convidou para fundar o curso de psicoterapia infantil na Tavistock. Foi analisanda de Michael Balint, e depois de Melanie Klein. “método de observação mãe-bebê”, “pele psíquica”, “segunda pele”, “identidade adesiva”, “bidimensionalidade”.

BOSS, MEDARD

BOSS, MEDARD

(Suíça*1903+1990) Psiquiatra. Desenvolveu uma leitura própria da Daseinsanalysis, a partir de seu contato e amizade com Binswanger. Em sua formação, trabalhou sob orientação de Bleuler. Fez também uma formação analítica em Berlin, sob supervisão de Karen Horney. Foi analisando de Freud e Hans Behn Eschenburg. “Daseinsanalysis”, “psicoterapia existencial”.

Título 1

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