AUTORES EM PSICANÁLISE
Psicanalistas, escritores, médicos, filósofos, pacientes etc. e suas contribuições para o campo psicanalítico.
(Esta é uma lista colaborativa - para correções, complementos e sugestões de autores entre em contato.)
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CHARCOT, JEAN-MARTIN
(França*1825+1893) Neurologista, anotomista, considerado um dos fundadores da neurologia moderna. Seu trabalho foi fundamental para a compreensão, depois, da doença de Parkinson. Trabalhou e era referência no Pitié-Salpêtrière Hospital, tendo sido professor de Sigmund Freud, Joseph Babinski, Pierre Janet, William James, Pierre Marie, Albert Londe, Charles-Joseph Bouchard, Georges Gilles de la Tourette, Alfred Binet, Eugen Bleuler e Albert Pitres. Foi de importância fundamental para a mudança dos interesses de Freud, da pesquisa acadêmica em neurologia para a clínica das psiconeuroses. Introduziu a histeria como interesse médico sério. “esclerose múltipla”, “esclerose lateral amiotrófica”, “hipnose”, etiologia psicológica da “histeria”.
CLAUS, CARL FRIEDRICH WILHELM
(Alemanha*1835+1899) Zoologista, anatomista e darwiniano em cujo laboratório de zoologia Freud trabalhou, ao voltar da visita à Inglaterra, aos 19 anos (fez estágio em Trieste, dissecando enguias para testar a afirmação da existência de gônadas masculinas). Foi oponente das ideias de Ernst Haeckel. “fagócitos”.
CHROBAK, RUDOLF
(Áustria*1843+1910) Ginecologista e professor da Universidade de Viena, admirado por Freud. Remetia Freud à intuição popular que relacionava problemas psiconeuróticos e privação do sexo. Teria dito a Freud a jocosa fórmula para a cura da histeria: “Penis normalis, dosim repetatur”.
CÄCILIE M. (baronesa VON LIEBEN, ANNA)
(Áustria*1847+1900) Paciente dos "Estudos sobre a histeria" muito cara a Freud, tendo já sido atendida por Charcot, Breuer, Chrobak e Bernheim. Freud procurou tratá-la pelo método catártico, depois de tentativas frustrantes com a hipnose. Foi sua paciente entre 1887 a 1893, com sintomas de conversão histérica, depressão, ansiedade, e finalmente uma dependência de morfina.
CONNELL, ERNEST HENRY
(Austrália/Escócia*1878+1941) Médico, psicanalista. Com um histórico como comerciante nos negócios da família, muda-se para a Escócia e uma mudança de profissão, para estudar medicina. Interessou-se por Jung e uma abordagem que aproximava a psicanálise de suas crenças religiosas, demovendo a sexualidade do lugar central nas neuroses. Depois se aproxima do grupo que ficaria, mais tarde, conhecido como grupo independente. Foi analisando de Ernest Jones. “ideação da morte na neurose”.
CASTORIÁDIS, CORNELIUS
(Constantinopla/Grécia/França*1922+1997) Filósofo, pensador político, psicanalista. Participou ativamente de grupos comunistas na Grécia, inclusive durante a ocupação nazista. Escreveu sobre economia (trabalhou para a OECD), em sua perspectiva de um socialismo crítico à União Soviética, e também sobre filosofia política, sempre com a marca de uma ampla formação intelectual. Fundou, com Claude Lefort, o grupo “Socialismo ou barbárie”. Foi gradualmente atraído para a psicanálise, buscando depois também uma formação, fora do grupo lacaniano. Eventualmente também passou a trabalhar no consultório. Foi Diretor de estudos da École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS). Foi analisando de Irène Roubleff e Michel Renard. “autonomia política”, “a instituição imaginária da sociedade”, “magma das significações sociais”.
CHASSEGUET-SMIRGEL, JANINE
(França*1928+2006) Psicóloga, psicanalista. Foi presidente da Sociedade Psicanalítica de Paris, e vice-presidente da IPA. Junto com Béla Grunberger, com quem era casada, escreveu sob pseudônimo um livro crítico à esquerda do maio de 68, L'univers contestationnaire, o que depois foi motivo para trocas de farpas com Lacan. O livro foi também citado no Anti-Œdipus por Deleuze e Guattari. “narcisismo primário”, “ideal do Eu”, “crítica à ideologia utópica”, “sexualidade feminina”.
CALLIGARIS, CONTARDO LUIGI
(Itália/Suíça/EUA/Brasil*1948+2021) Filósofo, escritor, psicanalista. Estudou a obra de Piaget, e foi aluno de Roland Barthes, Michel Foucault e Lacan. Tornou-se um importante divulgador do pensamento psicanalítico para o público em geral. “melancolia”, “superego”, “cultura”.
CIVITARESE, GIUSEPPE
(Itália*) Psiquiatra, psicanalista, trabalha na interface dos conceitos de Bion (com ênfase no pensamento onírico da vigília) e a estética. Possui formação na linha relacional da psicanálise. “BTF (Teoria de campo pós-Bion)”, “metáfora”, “paralelo entre experiência estética e análise”.