AUTORES EM PSICANÁLISE
Psicanalistas, escritores, médicos, filósofos, pacientes etc. e suas contribuições para o campo psicanalítico.
(Esta é uma lista colaborativa - para correções, complementos e sugestões de autores entre em contato.)
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LIPPS, THEODOR
(Alemanha*1851+1914) Filósofo, estudioso do campo da estética, suas publicações sobre o inconsciente interessaram Freud. Também é o autor de um livro (O humor e o cômico) que influenciou bastante Freud a escrever sobre os Chistes. Aproximou-se das ideias de Edmund Husserl ao final da vida. É atribuída a ele o desenvolvimento do termo Einfühlung em seu sentido mais preciso: “projetar-se em um objeto da percepção”. “Empatia”.
LOW, BARBARA
(Inglaterra *1874+1955) Trabalhou inicialmente como professora, tornando-se depois psicanalista. Atuou bastante no início da Imago. Nas controvérsias Klein-Freud ficou ao lado de Anna e Edward Glover. Foi analisanda de Hanns Sachs, e depois de Ernst Jones. “princípio do nirvana”.
LAFORGUE, RENÉ
(França*1894+1962) Psiquiatra, psicanalista. Foi um dos fundadores da Sociedade Psicanalítica de Paris, em 1926. Procurou colaborar com o governo nazista, durante a ocupação, no sentido de uma reformulação ariana da Sociedade Psicanalítica. Correspondia-se, à época, com o Reichsführer Matthias Heinrich Göring. Mais tarde, demonstraria uma mudança de posição, auxiliando judeus que conseguiam fugir dos campos de concentração. Fundou uma sociedade psicanalítica em Casablanca, Marrocos. Seu pensamento é influenciado pela psiquiatria francesa, especialmente Pierre Janet, que procurou aproximar da psicanálise. Foi analisando de Eugénie Sokolnicka. “escotomização”, “adição a jogos”, “relatividade da realidade”.
LAMPL-DE GROOT, JEANNE
(Holanda*1895+1987) Psiquiatra, psicanalista. Foi próxima a Freud e Anna. Por conta do nazismo, volta à Holanda, onde funda o Instituto de Psicanálise Holandês. Foi analisanda de Freud. “sexualidade feminina”, “psicanálise como ciência”, “narcisismo”.
LEWIN, BERTRAM DAVID
(EUA*1896+1971) Médico, psicanalista. Fez parte de sua formação no Instituto Berlin. Foi editor e co-fundador do Psychoanalytic Quarterly. Foi analisando de Franz Alexander. “Elação (hipomania)”, “tela do sonho”, “diabetes”, “claustrofobia”.
LOEWENSTEIN, RUDOLPH MAURICE
(Polônia/EUA*1898+1976) Médico, neurologista e psicanalista. Estudou com Eugen Bleuer em sua formação de neurologia na Suíça. Freud sugeriu que fosse para a França, treinar novos analistas. Lá também defendeu nova tese em medicina. Participou da criação da Revue française de psychanalyse. Foi analisando de Hanns Sachs. “psicologia do Ego” (junto com Ernst Kris e Heinz Hartmann).
LÖWENFELD, HEINRICH JULIUS
(Alemanha/República Tcheca/EUA*1900+1985) Médico, psicanalista. Participou do Grupo de Estudos de Praga. Emigrou por fim aos EUA, pela perseguição nazista, sendo uma figura marcada por suas participações políticas. “psicologia do fascismo”.
LACAN, JACQUES MARIE ÉMILE
(França*1901+1981) Psiquiatra, psicanalista. Era também licenciado como psiquiatra forense. Intelectual de grande impacto na filosofia e nas teorias culturais em geral. Trouxe a linguística e parte da matemática para a psicanálise. Teve uma aproximação importante dos surrealistas, da fenomenologia de Hegel e também da psiquiatria fenomenológica. Alterações técnicas e postura crítica à ortodoxia psicanalítica levaram a sua expulsão da IPA. Foi analisando de Rudolph M. Loewenstein. “estádio do espelho”, “retorno a Freud”, “inconsciente estruturado como linguagem”, “sujeito do inconsciente”, “teoria do significante”, “processos metafóricos e metonímicos”, “teoria do falo”, “nome do pai”, “real-simbólico-imaginário”, “teoria do gozo”.
LITTLE, MARGARET ISABEL
(Inglaterra*1901+1994) Médica e psicanalista. Pertencia ao Middle Group, e foi assistente clínica na Tavistock. Foi analisanda de Ella Freeman Sharpe, Marion Milner e Winnicott. Teve antes uma experiência com um analista junguiano. “contratransferência”, “silêncio”, “teoria das relações de objeto”, “psicose de transferência”.
LAGACHE, DANIEL
(França*1903+1972) Psiquiatra, psicanalista. Foi professor da Sorbonne, e colega de Jean-Paul Sartre. Fundou a Sociedade Francesa de Psicanálise (SFP), juntamente com Lacan, Françoise Dolto e outros. Coordenou os trabalhos de Laplanche e Pontalis com o Vocabulário de Psicanálise. Foi analisando de Rudolph Loewenstein. “Psicopatologia”, “melancolia”, “transferência”, “eu ideal e ideal do eu”, “psicologia e psicanálise”.
LOEWALD, HANS WALTER
(Alemanha/EUA*1906+1993) Psiquiatra, psicanalista. Estudou filosofia com Heidegger, cuja teoria sobre a linguagem lhe deixou uma forte marca. Loewald aproxima as expressões verbais e pré-verbais como expressões sensórias, criando uma concepção própria de representação. “integração”.
LANGER, MARIE LISBETH
(Áustria/México/Argentina*1910+1987) Médica, psicanalista, ativista dos direitos humanos. Afiliada ao Partido Comunista, voluntariou-se para a Brigada Médica Internacional na Espanha, durante a Guerra Civil. Fez parte do grupo Plataforma, Uma das fundadoras da Associação Psicanalítica Argentina, da qual foi também presidente. Foi analisanda de Richard Sterba e depois Celes Ernesto Cárcamo. “psicoterapia de grupo”, “psicanálise e marxismo”, “maternidade e sexo”.
LAPLANCHE, JEAN
(França*1924+2012) Filósofo, médico e psicanalista. Seguindo sugestão de Lacan, estudou medicina antes de sua formação psicanalítica, realizando uma tese. Estudou com Jean Hyppolite, Gaston Bachelard e Maurice Merleau-Ponty. Participou da resistência francesa. Foi um dos fundadores da Associação Psicanalítica da França. Foi analisando de Jacques Lacan. “teoria da sedução generalizada”, “significantes enigmáticos”.
LE GUEN, CLAUDE
(França*1927+2022) Psiquiatra, psicanalista, foi membro da SPP, tendo um papel ativo na transmissão e formação de analistas. Foi diretor da Revue Française de Psychanalyse, e escreveu um dicionário dos conceitos freudianos. ”Édipo original”.
LANGS, ROBERT JOSEPH
(EUA*1928+2014) Psiquiatra, psicanalista e psicólogo que viveu em NY, desenvolveu um modelo próprio de psicoterapia psicanalítica. “Campo bipessoal”, “progressão espiral do processo terapêutico”, “paradigma adaptativo”.
LOBO MOREIRA DA SILVA, AMÍLCAR (“Dr. CARNEIRO”)
(Brasil*1939+1997) Médico, psicanalista. Foi médico-assistente em sessões de tortura do regime militar na ditadura, na “Casa da Morte”, em Petrópolis, Rio de Janeiro. Tinha patente de segundo-tenente médico. Foi denunciado publicamente por Inês Etienne Romeu, em 1980, sendo desligado da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro (SPRJ). A instituição, contudo, tinha conhecimento do fato e fora conivente até então. Já tinha sido denunciado pela psicanalista Helena Besserman Vianna desde 1973, que publica depois um importante livro: Não conte a ninguém: contribuição à história das sociedades psicanalíticas do Rio de Janeiro. O Conselho Federal de Medicina cassa sua licença médica apenas em 1989.