AUTORES EM PSICANÁLISE
Psicanalistas, escritores, médicos, filósofos, pacientes etc. e suas contribuições para o campo psicanalítico.
(Esta é uma lista colaborativa - para correções, complementos e sugestões de autores entre em contato.)
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RADÓ, SÁNDOR
(Hungria/EUA*1890+1972) Médico, psicanalista. Foi um teórico conhecido por sua clareza e concisão nos escritos. Já nos EUA, sofreu certo isolamento, até por fim chegar a uma cisão institucional. Afastou-se do modelo pulsional e aproximou-se da psicologia do Ego. Foi também criticado por criar um excesso de neologismos para termos consagrados. Foi analisando de Karl Abraham. Escreveu sobre importantes trabalhos sobre melancolia e adição. “tipo esquizoide”.
ROSS, HELEN
(EUA*1890+1978) Psicanalista, educadora e administradora. Próxima a Anna Freud, foi figura fundamental para a criação da Hampstead Clinic. Foi porta-voz da psicanálise em meios de divulgação leigos. Foi analisanda de Helene Deutsch.
JOKL, ROBERT HANS
(República Tcheca, Áustria, EUA*1890+1975) Neurologista, biólogo, psicanalista. Lutou na primeira grande guerra, sendo prisioneiro por um ano na Itália. Na segunda, foi prisioneiro na França. Fez formação com Bleuler, em Burghölzli. Foi diretor do Departamento de Neurologia do Hospital Geral de Viena, e também fez parte da Policlínica Psicanalítica. Propôs a Freud a criação de um grupo de jovens membros na sociedade psicanalítica de Viena. Foi analisando de Freud. “inibição”, “criatividade”.
ALEXANDER, FRANZ GÁBOR
(Hungria/EUA*1891+1964) Médico, psicanalista. Considerado um dos fundadores da medicina psicossomática, publicando “Fundamental Concepts of Psychosomatic Research” em 1943. Foi analista de Oliver Freud. “personalidades dos criminosos”, “delinquência”, “análise vetorial (recepção, eliminação e retenção)”, “adaptação autoplástica/aloplástica”, “experiência emocional corretiva”.
BURLINGHAM, DOROTHY TRIMBLE TIFFANY
(EUA/Áustria/Inglaterra*1891+1979) Educadora, psicanalista. Seu contato com a psicanálise deu-se pela busca de tratamento para uma afecção psicossomática dermatológica de um de seus filhos. Anna atendeu seus quatro filhos, tendo sucesso na remissão do sintoma. Desenvolveu o tema da educação e análise infantil ao lado de sua companheira Anna Freud, no Hampstead Child Therapy Course and Clinic (atualmente: Anna Freud National Centre for Children and Families). Foi analisanda de Theodor Reik e depois Sigmund Freud. “deficiência visual na infância”, “guerra e infância”.
STRACHEY-SARGENT, ALIX
(EUA/Inglaterra*1892+1973) Psicanalista, formada em letras, foi a principal tradutora de Freud para o inglês da “The Standard Edition of the Complete Psychologycal Works of Sigmund Freud”, juntamente com seu marido James Strachey. Teve um papel importante na primeira visita de Melanie Klein a Londres, cujos trabalhos também traduziu para o inglês. Foi analisanda de Freud, Karl Abraham, Edward Glover e Sylvia Payne. Fez parte do Bloomsbury Group. “motivações inconscientes da guerra”.
BERNFELD, SIEGFRIED
(Galícia/Áustria/EUA*1892+1953) Filósofo, psicólogo, psicanalista e educador. Foi uma figura importante no movimento sionista da época. Trabalhou na policlínica de Berlin, e seu trabalho aproxima psicanálise, educação e marxismo. Interessava-se também pelo trabalho científico inicial de Freud. “ciência dos traços”.
SULLIVAN, HERBERT "HARRY" STACK
(EUA/França*1892+1949) Psiquiatra, psicanalista. Fez parte do chamado grupo de “neo-freudianos”, que procuraram contrapor à psicanálise uma abordagem mais próxima das relações sociais ou interpessoais. Seu trabalho é referência para o que depois se chamou de “psicanálise interpessoal”. É um dos fundadores do William Alanson White Institute. “relações interpessoais”, “psiquiatria social”, “o outro significativo”.
GREENACRE, PHYLLIS
(EUA*1894+1989) Médica, psicanalista. Trazia em seu pensamento a indissociação entre psicologia e biologia. “fetichismo e imagem corporal”, “culpa e adicção”, “desenvolvimento pré-verbal”.
HARTMANN, HEINZ
(Áustria/EUA*1894+1970) Psiquiatra, psicanalista. Participou de um manual de psicologia médica. Foi presidente da IPA por muitos anos, e fundou a publicação anual “The psychoanalytical study of the child”, com Anna Freud e Marie Bonaparte. Foi analisando de Sándor Radó, e depois de Freud (após uma oferta deste, caso ficasse em Viena, sem os custos de honorários). “despersonalização”, “área de conflito”, “adaptação”, “psicologia do ego” (junto com Ernst Kris e Rudolph Loewenstein).
FLIESS, WILHELM ROBERT
(Alemanha/EUA*1895+1970) Médico, psicanalista. Filho de Wilhelm Fliess. “eu corporal”, “metapsicologia da contratransferência”, “austismo”, “narcisismo refratário”.
LEWIN, BERTRAM DAVID
(EUA*1896+1971) Médico, psicanalista. Fez parte de sua formação no Instituto Berlin. Foi editor e co-fundador do Psychoanalytic Quarterly. Foi analisando de Franz Alexander. “Elação (hipomania)”, “tela do sonho”, “diabetes”, “claustrofobia”.
FENICHEL, OTTO
(Áustria/EUA*1897+1946) Médico, psicanalista. Frequentou o grupo mais próximo a Freud. Em Berlin, fez parte do grupo de Psicanalistas marxistas, com Siegfried Bernfeld, Erich Fromm, Wilhelm Reich, Ernst Simmel, Frances Deri, entre outros. Emigrou para os EUA por conta do nazismo. Publicou um influente manual técnico, à época. “sexualidade feminina”, “teoria psicanalítica”, “psicanálise e marxismo”.
REICH, WILHELM
(Áustria/EUA*1897+1957) Médico, psicanalista. Seu trabalho deu origem a uma série de terapias corporais (Gestalt terapia, análise bioenergética etc.). Procurou aproximar psicanálise e marxismo, e pensava que o psicanalista deveria atuar também na cultura, profilaticamente. Foi uma referência importante para a geração de maio de 68. Tornou-se gradualmente uma figura proscrita dos meios psicanalíticos, e seguiu um caminho bastante controverso mais ao final da vida, nos EUA. Foi analisando de Isidor Sadger e depois Paul Federn. “a função do orgasmo”, “fascismo e psicologia de massa”, “caráter”, “couraça”, “vegetoterapia”, “orgônio”, “revolução sexual”.
JACKOBSON, EDITH
(Alemanha/EUA*1897+1978) Pediatra, psicanalista. Aproximou a teoria das relações de objeto e o modelo estrutural freudiano da segunda tópica. Interessava-se pela depressão e psicose em suas relações com o Eu e Superego. Foi analisanda de Otto Fenichel. “representação de si”, “mundo dos objetos”.
MAHLER, MARGARETH SCHOENBERGER
(Hungria/EUA*1897+1985) Médica, psiquiatra e psicanalista. Criou, com Anna Freud, o primeiro centro de tratamento psicanalítico para crianças em Viena. Foi analisanda de Helene Deutsch. “fase autística (semanas), fase simbiótica (até 5 meses), fase de separação e individuação”, “constância de objeto”, “concha autística”.
STERBA, RICHARD F.
(Áustria/EUA*1898+1989) Médico, psicanalista. Apesar de “ariano”, para os padrões do governo nazista, deicidiu auto exilar-se para os EUA. Escreveu patografias de Michelangelo e Beethoven. Foi analisando de Eduard Hitschmann. “cisão terapêutica do Eu”.
LOEWENSTEIN, RUDOLPH MAURICE
(Polônia/EUA*1898+1976) Médico, neurologista e psicanalista. Estudou com Eugen Bleuer em sua formação de neurologia na Suíça. Freud sugeriu que fosse para a França, treinar novos analistas. Lá também defendeu nova tese em medicina. Participou da criação da Revue française de psychanalyse. Foi analisando de Hanns Sachs. “psicologia do Ego” (junto com Ernst Kris e Heinz Hartmann).
ISAKOWER, OTTO
(Áustria/EUA*1899+1972) Psiquiatra, psicanalista. Trabalhou com Paul Schilder e Heinz Hartmann na clínica psiquiátrica de Julius Wagner-Jauregg. Foi co-editor da Gesammelte Werke. Foi analisando de Paul Federn. “fenômeno Isakower” (auto-observação em estado hipnagógico ao dormir [1936]).
FROMM, ERICH SELIGMANN
(Alemanha/EUA*1900+1980) Psicólogo, sociólogo e psicanalista. Pensador das relações entre psicologia e cultura, associa-se à tradição do pensamento crítico da Escola de Frankfurt, associado ao Instituto de Pesquisa Social. Depois de sua imigração, após o domínio nazista, nos EUA é identificado ao movimento “neo-freodiano”, junto a Karen Horney e Harry Stack Sullivan, enfatizando os aspectos sociais em oposição aos biológicos na metapsicologia psicanalítica. “teoria crítica”, “escola de Frankfurt”, “biofilia”, “senso de identidade”, “orientações da personalidade”.